Uma entrevista com o proprietário dos vinhos A Wild Idea, Conrad Johnson

Conversamos com Conrad Johnson para saber mais sobre sua marca AWI e como ele obtém resultados tão positivos em todas as competições de vinhos, entre outros assuntos vinosos.

  1. Como você ficou sabendo pela primeira vez da The Vines of Mendoza e qual é a história por trás da sua marca de vinho?

_ AWI, que significa A Wild Idea (Uma Ideia Selvagem), é a minha marca. Como a maioria das pessoas, eu estava passando por Mendoza e me deparei com a sala de degustação original lá em 2008. Foi quando a ideia selvagem me ocorreu e juntei alguns amigos e parentes e comprei alguns hectares.

  1. Qual é a filosofia ou estilo de vinificação por trás dos vinhos AWI?

_ Olha, eu comecei com blends tintos típicos de Bordeaux, mas em 2018 tive outra ideia selvagem e comprei um acre de Viognier, então agora estou fazendo alguns blends brancos divertidos (como meu vinho “meio a meio” fermentado em barril, brincando com esses estilos diferentes. Gosto muito dos brancos que estão saindo dos vinhedos.

  1. Qual é a varietal de uva que mais o surpreendeu durante esses anos todos em que fez vinho com a The Vines of Mendoza?

_ A Viognier foi obviamente uma surpresa, pois eu não conhecia a uva, mas sendo bem sincero, a Malbec é uma uva tremenda e acho que os blends provenientes da Malbec são surpreendentes à sua maneira. É sempre legal fazer os blends – Pablo e Mariana sempre vêm com opções divertidas. O único problema é tentar lembrar o que você fez!

  1. Qual é o seu plano/estratégia de comercialização e como vão as vendas?

_ Como mencionei, compramos os hectares de vinhedos em 2008 e, em 2014, quando não podíamos beber todo o vinho que estávamos produzino, começamos a comercializar. Consegui minha licença de vinícola no Texas para que eu mesmo possa levar o vinho – da minha marca, bem como das marcas de outros proprietários na região. Agora levamos cerca de dois contêineres cheios por ano. Isso jamais vai ser o meu fundo de aposentadoria, mas quero ver como o negócio vai andar, e adoro a experiência e as pessoas que conheço o tempo todo através dela.

  1. Como seus vinhos chegaram a competir na competição TexSom? Você se inscreve em concursos com frequência e acha que eles te ajudam a vender mais vinho?

_ Bill Graham, proprietário do Chiflados, manda seus vinhos para os EUA através do meu depósito e nos tornamos amigos, então decidimos inscrever os nossos vinhos juntos. Mas sim, eu me inscrevi em muitas competições de vinhos! Eu me inscrevo na competição Internacional de Vinhos do Rodeio de Houston todos os anos. E o Rodeio de San Antonio também tem uma competição de vinhos. E os vinhos sempre ficam em boas posições. Honestamente, algumas das competições são como partidas de futebol: todos ganham uma medalha. Então eu meio que descarto as de bronze, mas as prata e acima vai para o site e isso ajuda sim a vender os vinhos.

Mas é preciso manter os pés no chão: meu Gran Corte de 2018 ganhou 90 pontos de James Suckling, mas só ganhou uma medalha de bronze na competição do Rodeio. Eu tenho uma pequena sala de degustação no meu segundo depósito e é bacana poder colocar as medalhas lá. As pessoas querem saber que você inscreveu seus vinhos em algum lugar, mas não é barato (US$ 50-US$ 100 por vinho para inscrever, mais as garrafas e o frete). Eu produzo 5.000 garrafas por ano, mas de vários vinhos diferentes. Algumas pessoas produzem 25 garrafas e querem se inscrever… o que pode não fazer sentido.

Você pode ver os resultados de todos os vinhos argentinos na TexSom no site da competição.